quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Não é o fim






Sempre perdemos algo ou alguma coisa na vida

Mais isso não significa o fim
Um reinvento talvez?
Uma surpresa
Uma caminhada
Uma viagem....

Viagem essa na qual devemos ser fortes
Calmos
Quietos
Confiantes

As vezes nem tudo é o que parece...
O escuro pode ser o início de uma luz
A distância pode ser meramente um sinal de aproximação

O silencio muitas vezes grita mil palavras
Assim como o olhar também
Olhar esse que exala um brilho

Brilho esse que por muito se esforça tanto para se esconder
Sufocas algo tão lindo, tão puro, tão natural

Com uma unicidade, hegemonia gigantesca e contagiante
Restando apenas um lindo sonho
Uma breve longínqua esperança

A lembrança de um único e até mesmo surpreso e tímido beijo
O renascimento da esperança até então perdida

E o imenso desejo de continuar distante

Conscientes de que nós somos motivadores disso que vai avante
O fim pode ser nada mais, nada menos que um recomeço


Saudade.





Considerações Finais:

E você? Já viveu um amor assim?                              

Está vivendo agora?

 Antes de se recusar a responder essa pergunta lembrem-se: 

"Mais afinal, só as criaturas que não escrevem cartas de amor é que são ridículas!
 Como disse o ilustre Roberto Carlos: que saudade do tempo em que escrevia sem dar conta por isso cartas de amor ridículas, a verdade as minhas memorias dessas cartas de amor é que podem de repente ser ridículas, mais não são..."

Concordo com o mesmo, tempo bom aquele no qual não vivíamos preso a toda essa tecnologia, hoje as tais "cartas" são no Zap.
No nosso tempo não, não sou tão velha assim rsrsrsrs mais graças a Deus alcancei esse tempo delicioso das ridículas cartas de amor, inclusive ainda tenho todas guardadas, cada uma que recebi, fazem parte da minha história, trajetória, capítulos da minha vida. Pessoas que hoje são minhas queridas amigas, outras nem tanto e algumas nunca mais tive notícias, o tempo, pode ser cruel conosco as vezes.

Mais porque será que paramos?

Porque se extinguir essa cultura tão simples,tão linda, tão unica?

Vamos combinar que "cartas" se Zap não são a mesma coisa...

Que bom seriamos se pelo menos por apenas alguns momentos na vida parássemos de correr tanto para alcançar o "novo" e olhássemos um pouco para o "antigo", afinal nem tudo não é porque algo ficou obsoleto que devemos jogar fora....como muitas coisas nas quais praticávamos nos anos 80/90, assim como o hábito que todo jovem dessa época e antecedentes a essa tinham (geralmente na época da escola) de quando apaixonado por uma garota(o) escreviam longas e intermináveis cartas de amor,colecionávamos papeis de cartas nas quais muitas vezes tínhamos até dó de compartilhar e transcrevíamos para o papel com bastante rabuscamento a fim de entregarmos aquele ser tão por nós querido.

Tempo bom que não volta mais.... acabamos nos perdemos dessa inocência, desse encanto, dessa unicidade, naturalidade tão linda que todos temos quando jovens, antes que as decepções, a vergonha, nem cito a timidez (pois quando o caso, escrevíamos sem sequer publicarmos os nossos nomes...coisa linda!), antes que o coração se partisse uma vez e isso fizesse com que nunca mais desejássemos que se partisse novamente....ou será que ainda dá tempo?

Autoria: Lindaiá Campos

"Todas as cartas de amor são ridículas!
 Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas."

Fernando Pessoa

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